/// Saturnices: quando Cronos se entrona.
Pari um filho Sem Nome.
Esse Filho é
Uma bocarra que abocanha
E devora.
Como semente reguei.
Ô, terra fértil esse peito meu!
Se aninhou um passarinho,
E ovos deixou.
Choquei e aqueci os filhotes.
E entendi que sou pessoa,
Não pássaro.
Mas, como desamar um filho?
Como devorar o que se criou?
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05/set/19 - São Paulo, sala de produção
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