24.9.16

Rua Augusta

Hoje desço a Augusta, vou num passo contemplador
A cada quadra, vou atenta, recriando na memória
Os bares e boates que estive, os puteiros que frequentei, banheiros que desbravei
Os loucos que conheci, meninos por quem me apaixonei

Me invade a saudade: minha memória é vasta, lembro de tudo e todos
Quantas tardes que viraram noites que viraram dia
Quantas cervejas baratas bebidas, quantas risadas e histórias vividas...
Toda noite, tour de bar em bar, trombando com mendigos e pedintes.

Hoje eu sei: envelhecer é duro demais.

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23/Set/2016 - São Paulo, Brasil - 20h32