14.1.14

Perseveraça e devaneios

É muito mais nobre assumir a Inveja, do que escondê-la.

Sexta-feira, relutante a sair mais uma vez, pois o Grande Incômodo da Dieta me incomodava, decidi "conhecer gente nova".
Certa vez, um Amor Platônico (beijos, Thiago) disse em público, grande retórica online, que a maior mentira a si mesmo era a mentira da Novidade - novas experiências, novos amores, novas pessoas. Sempre estive na corda bamba da dúvida se era depressivo ou verdade das grandes.
No fundo sempre soube que era uma verdade na qual eu acreditava também.

Quantas vezes a gente passa pela vida, caindo e afundando na merda, buscando o Novo?
Quantas vezes, na merda, a gente passou por cima do cansaço e da desesperança?
Porque se tem algo que existe no mais ignorante dos homens, é a perseverança.
Essa filha da puta usa a capa da esperança, nos fazendo repetir ciclos, viciosos, em busca do Grande Conserto.
Somos todos reféns da perseverança - que em todos os caminhos, suas facetas são burras.











Li Kafka

Terça-feira, me encontrei com um amigo.

Pensei na vida (mais uma vez) só que dessa vez fui forçada,
pois eu já pensei tanto na vida, que já perdeu a graça.

Cheguei em casa, mezzo-bêbada: bebi mais - uma branquinha de Paraty.
Tudo isso enquanto minha mãe arrumava sua mala para viajar,
e ironicamente, reclamava do quanto eu bebia.

Ai! se ela soubesse que a origem da vida é o álcool, e o álcool é Sentido da Vida.

Ironia pura: depois da Morte, vem a Vida.

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Sem data - São Paulo, Brasil