Essa constatação surgiu após um exercício (talvez falho e simplista) de relembrar os feitos e vividos.
Tirando idas ao Brasil exclusivamente pelo trabalho, nada mais aconteceu - de bom.
Me deixando levar por esse traiçoeiro exercício, vou fechando a conta-desgraça: duas recaídas a um amor não-correspondido-e-não-declarado, aumento da inflação e contas, ganhos de quilos e de novos amigos que já não fazem diferença. Renunciei, à busca pelo amor, e três cursos também. Quando apostei, desisti.
O Tempo é um vazio imensuravelmente insustentável.
Como pode, todo o Passado parecer tão real e próximo, e ao mesmo tempo os doze meses deste ano serem eternos?
Alguém que diz, "é o mal do fim de ano, todos passam por isso"
Alguém que diz, "por favor, se cuide"
Alguém que diz, "você precisa de mais dinheiro?"
Eu me digo, "mas devo economizar os últimos dinheiros do mês"
Eu me digo, "estou surtando apenas; já vai passar"
Cedo, e logo me afogo num copo; me afago num beck.
Quero estar e escutar a todos. E quero também estar só, desligada e ausente para vocês.
Hoje é noite de lua cheia. Com esperança e ilusão, penso que pode ser isso, mas não sei. Nada sei.
Entre súbitos de angústia e força, quero fazer a Roda girar: ainda que Ela passe sobre mim.
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14/Dez/2016 - Buenos Aires, Argentina - 00h19
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