(Ceci n'est pas une poème brésilienne)
Eu nasci brasileira, precisamente em 1991, na cidade de São Paulo, onde fervilham estruturas sociais, políticas, financeiras e culturais.
Nasci no caldeirão do Brasil.
Ao longo dessa vida, estive aprendendo o que é se sentir parte.
No meu mundo interior, estive distante da pátria, mesmo estando presente.
Tinha a vontade de cruzar a fronteira, de buscar identificação no outro. E fui.
Fui e a Identidade já estava instaurada em mim.
Não esqueço de onde vim.
Não esqueço o que eu vi, onde vivi.
Sou a pobreza, a pobreza intelectual, a pobreza de espírito.
Sou a injustiça, a desigualdade e a indiferença.
Sou o preconceito, o ódio, a violência.
Carrego comigo todas as problemáticas de onde nasci.
Sei a importância de reconhecer a própria realidade porque dela vem a luta.
*(Isso não é um poema brasileiro)
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12/Mai/2016 - Buenos Aires, Argentina - 10h53
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